sábado, 26 de dezembro de 2009

A Volta da Viagem.

"Seu amigo havia comentado que ele parecia um mendigo lixo, com cara de sono, cabelo 'zuado', roupa amassada. Sua aparência era de quem dormiu por horas a fio e já havia perdido a noção do tempo. Foi tudo um sonho? A cabeça ainda doía pela noite mal dormida. Ao se dar conta do ocorrido, ele percebeu quanto a amava. Enquanto estava com ela, ele sorria e vivia um sonho. Agora, uma lágrima escorria no seu rosto. E aquela viagem de volta foi uma noite de um sono que não existia, de um silenciosa saudade, de uma violenta quebra do sentimento de pertencer, uma vigília forçada, por causa de toda adrenalina que ele sentia em abraça-la. Ele realmente a amava. Só não sabia como demonstrar. Uns dizem que ele era muito apegado aos seus desígnios. Outros dizem que ele era um romântico exacerbado. Quantos aos outros, ele fingia que não escutava, mas na realidade, ele queria mostrar ao mundo inteiro que era possível fazer do jeito certo.

Ela era linda. Ele passava a maior parte do tempo apenas observando-a. Uma flor delicada, única, crescendo em um jardim tão estranho e perigoso, em que até aquele que fazia a poda, tomava cuidado. Ele nem a havia visto ao vivo, e apenas uma foto fazia suas emoções, sensações e ideias explodirem como uma bomba atômica. Ele, sujo por uma série de fatores, sentiu uma dose de inocência e instinto paternal tão grande, que só de pensar nela, todo seu ímpeto se tornava um sábio e calmo refletir. Voltando seus olhos sobre aquele quarto bagunçado, ele tenta voltar sua atenção à rotina. Talvez isso a tire um pouco de sua mente, pois seu coração encharcava inundado em um dos sentimentos mais urgentes que existem: A saudade".

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